Será lançado no mês de Novembro no Brasil, o remake do filme Carrie, dirigido em 1976 por Brian De Palma. No primeiro filme, Brian se inspirou nas obras de Hitchcock, mantendo um climão tenso do começo ao fim e ignorando o universo adolescente no qual a trama esta inserido. O foco do enredo na verdade, era a paranormalidade da personagem principal. O filme é baseado no primeiro livro de Stephen King, e conta a história de uma adolescente que possui poderes telecinéticos (capacidade de mover as coisas apenas com o poder da mente), e que é atormentada, virando alvo de piadinhas ao menstruar pela primeira vez na frente de todo o colégio.
Carrie tem uma vida difícil no colegial, onde todos riem dela, a acham esquisita, fazem sacanagem com ela (até mesmo na noite do baile da escola, quanto finalmente um rapaz parecia ter se interessado por ela). A mãe repressora é protagonizada por Julianne Moore, uma super atriz, que faz com que qualquer coisa de certo e que já foi indicada ao Oscar e Carrie é protagonizada por Chloe Moretz, uma atriz norte americana que esbanja beleza por todos os lados.
O filme mistura dois gêneros bem distintos, sendo eles o terror e o outro um filme teen, aquele perfeito para muitas adolescentes que desejam encontrar nos telões, "dicas" para seguirem melhor suas vidas, esperando que tudo funcione como em um conto de fadas. Durante mais ou menos uma hora de filme nada de assustador acontece. O que rola mesmo é todo um drama, toda uma carga dramática causada nada mais nada menos do que pela própria mãe de Carrie. Julianne protagoniza uma mulher sinistra, fanática religiosa e cheia de transtornos psicológicos. E de repente : A cena do baile, que vale todo o dinheiro gasto nos ingressos, simplesmente porque é a parte em que Carrie se "desvenda", e a parte em que a garota que antes era enlouquecida, possuída e que não sabia o que fazia, se torna num piscar de olhos numa menina revoltada que curte cada momento de sua "doce" vingança. A história parece fazer mais sentido hoje do que antes. A mãe maluca e as situações um pouco extremas, as relações autoritárias entre pais e filhos, crianças vitimas e bullying e vários outro detalhes do filme estão constantemente ao nosso redor. A relação de Carrie com a realidade é justamente o mais assustador do filme e faz com que as pessoas saim do cinema com um astral não tão alto quanto o esperado.
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