terça-feira, 19 de novembro de 2013

"A Culpa É das Estrelas"

Sinceramente, quando olhei pela primeira vez para a capa deste livro, não dei nada por ele. Acreditei que fosse uma história qualquer de um romance adolescente ou alguma coisa bem mística, daquelas relacionadas ao cosmos. Ao folhear o livro, passei os olhos pelas palavras "câncer", "hospital" e "cilindro de oxigênio". Parecia conter uma história bem triste. E então, o deixei de lado na livraria mas algumas semanas depois, fui surpreendida pelos comentários de meus amigos, então resolvi tomá-lo emprestado.

Hazel Grace é uma americana não tão comum de 16 anos. Ela sofre de um tipo de câncer de tireoide com metástase no pulmão, mas é uma paciente terminal. Vive de doses diárias de falanxifor (um remédio que milagrosamente diminuiu seus tumores), cilindros de oxigênio e cânulas em seu nariz, e além disso, frequenta um Grupo de Apoio, para crianças e adolescentes que possuem câncer. A garota, por ser mais do "tipo" reservada, procura não manter muitas relações de amizade, porque sabendo que irá morrer logo, quer deixar triste o menor número possível de pessoas, se considerando uma granada que pode explodir a qualquer momento: "Há dias, muitos deles, em que fico zangada com o tamanho do meu conjunto ilimitado. Queria mais números do que provavelmente vou ter." 

Em seu Grupo de Apoio, Hazel Grace acaba conhecendo Augustos Waters, de 17 anos e ambos acabam se aproximando principalmente pelos contatos visuais e por provocações sarcásticas."Gus", nome carinhoso que Hazel o apelidou, sofre de osteosarcoma e teve uma de suas pernas amputadas, mesmo tendo um porte atlético significativo. Com o passar do tempo, parece que cada vez mais, Hazel e Gus se tornam mais íntimos, compartilhando filosofias e demonstrando que se sentem da mesma forma em relação ao câncer. Se importando muito um com o outro, os dois adolescentes não se abandonam, mesmo sabendo que, mais cedo ou mais tarde, qualquer um pode vir a falecer.

Com esse livro, vivenciei os dois sentidos de "julgar um livro pela capa": o literal e o subjetivo. Também concluí que, o título do livro nos mostra que muitas vezes não temos como mudar o nosso destino, está tudo escrito nas estrelas, então devemos culpá-las. Ou simplesmente aceitar os fatos, já que não há mesmo uma solução. Surpreendentemente, em uma escala de 0 a 10, "A Culpa É das Estrelas" teria nota 12.


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